Harley-Davidson Admite Ter Que Mudar Para Sobreviver: Keith Wandell, Principal Executivo (Chief Executive Officer ou CEO, em inglês) da Harley-Davidson admitiu, num Simpósio na Universidade do Estado de Ohio, que a empresa "não pode sobreviver com seus clientes tradicionais, sómente."
Falando para uma seleta platéia no Centro de Excelência Operacional da Faculdade Fisher de Administração, o executivo afirmou que "2008 mudou o cenário da economia neste país (EUA) para sempre, e ninguém acredita, por um minuto siquer, que será o mesmo de antes de 2008, pois isto não irá acontecer."
Estas declarações, seguida pela abertura do Escritório Regional para a América Latina em Miami, nesta semana, demonstram que a Motor Company está preocupada com a maneira como os consumidores estão vendo a empresa.
Motivo de amargas reclamações por muitos anos no Brasil, básicamente por conta do péssimo serviço prestado por seu antigo representante exclusivo, a Harley-Davidson tem perdido grandes oportunidades de crescer, deixando espaço para seus competidores na maior economia da América Latina.
A decisão de abrir sua subsidiária e responsabilizar-se por suas operações no país, no início de 2011, foi recebida com grande entusiasmo pelo mercado e segue em sintonia com a intenção da H-D de aumentar seu faturamento fora dos Estados Unidos até atingir 40% de suas vendas globais.
Mas a demora em inaugurar e trazer as novas revendas a níveis operacionais aceitáveis tem prejudicado a imagem da mais conhecida marca de motocicletas do mundo.
Falta de peças e acessórios, serviços morosos, pessoal mal treinado, lojas inauguradas ainda em obras, não ajudaram a mudar a opinião dos potenciais compradores e tem trazido muito desânimo a seus clientes leais.
Pela primeira vez, em muitos anos, Harleyros veteranos tem vendido suas motocicletas e, ao invés de comprar os novos modelos, tem migrado para as marcas concorrentes, especialmente a BMW.
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