Ecos do Salão Duas Rodas 2011: Fui ao Salão Duas Rodas em São Paulo.
Novidades? Poucas. Expositores? Muitos.
Como fica isso? Fica sem graça.
Novidades nipônicas foram muito poucas, praticamente mostrando pinturas novas e o renascimento da Tenerè da Yamaha, que decidiu banalizar e fazer toda uma linha de Tenerès: da 250 até a 1200.
Na Honda, os mesmos modelos já consagrados e na Kawasaki só Ninjas e Versys. A Suzuki padece da política do J.Toledo que continua trazendo poucos modelos atuais e insistindo com modelos antigos remodelados deixando a tradicional marca em último entre as japonesas.
Muitos chineses (diga-se de passagem que eles não devem ter muito medo da lei de patentes e direitos autorais já que as motos são cópias dos mais variados modelos japoneses).
Entre as Big Trails, vantagem para a KTM e BMW com seus modelos tradicionais Adventure e GS.
Ducati mostrou os modelos que podem ser vistos nas lojas do Grupo Izzo, sem nenhuma novidade e a BMW traz a nova R1200R que vem a ser o complemento das 1200 GS e RT: uma moto naked, com motor boxer gerando uma boa usina de potência.
A BMW ainda mostrou a nova GT e GTL de seis cilindros e as montadas no Brasil G650GS, F800GS e F800R.
Nas custons e tourings brilhou a HDMC. Mostrando oito novos modelos para 2012 e trazendo quase todo o catálogo americano para o Brasil, aliado as show das pinups, o stand foi muito visitado e fotografado, até mesmo pelos envolvidos nos stands das outras marcas.
Além disso, a HDMC permitiu que o público fizesse o "ass test" e sentassem em todos os modelos, com exceção do TriGlide e da Ultra CVO. A CVO por ser um modelo a ser vendido e merecedor de total atenção para evitar problemas com a moto e o TriGlide por ser um modelo destinado apenas ao salão com importação temporária devendo ser remetido novamente aos EUA.
Aliás, o TriGlide veio como cobaia para sentir o pulso do mercado brasileiro a respeito de um triciclo. Uma pesquisa de opinião estava sendo feita para saber se havia interesse no modelo e que preço seria convidativo para compra. Gostaria de ter acesso ao resultado dessa pesquisa...
Sobre os novos modelos, pude sentar em todos. A linha softail está mais baixa, comprovei isso sentando e colocando firmemente os pés no chão. Até mesmo a Fat Boy tradicional está mais confortável para mim, embora o novo guidão mereça ser trocado imediatamente... menos fechado, obriga o piloto mais baixo a se inclinar para frente.
A Sportster 1200 é uma boa opção para os clientes de Sportsters que queriam uma moto com motor e tanque maiores e acabavam nas Dynas. Veste bem, precisa de pouca coisa para ficar bem confortável (parece que os amortecedores traseiros seguem sendo a lesma lerda de sempre) com banco e guidão bem confortáveis, assim como o comando avançado.
A Dyna Fat Bob, com seu comando avançado me obrigou a me esticar para alcançar guidão e comandos, o que me mostra que um banco com um pouco mais de apoio na lombar (1 polegada basta) empurrando o piloto mais baixo para frente seria o ideal.
A Softail Blackline confirma a linhagem FX sendo uma moto bem confortável, mas muito ruim para o garupa. Comandos e guidão bem acertados para mim e a roda dianteira de 21 polegadas vão deixar muita gente satisfeita com a moto.
Gostei muito da Street Glide. Está na medida para o meu tamanho e acredito que a ausência do tour pack vai deixar a moto muito boa de dirigir. A Ultra limited confirma a menor altura que já tinha reparado na Ultra Classic 2011, assim como a Road King.
Da CVO só pude olhar e sobre as V-Rod, apenas mudanças na pintura, com uma edição comemorativa dos 10 anos da Night Rod Especial.
E a Dyna Switchback é mais bonita na foto do que ao vivo. Melhor investir em uma Dyna FXDC e comprar alforges e wind shield do que pagar o preço proposto para o modelo urbano/estradeiro que a HDMC inventou.
E faltou a Sportster forty-eight.
Sobre acessórios e equipamentos, não dei muita atenção, mas pude notar que as marcas de roupas e capacetes com maior tradição estavam presentes, assim como fabricantes de alforges e malas para viagem.
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