terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Harley-Davidson no Brasil


Desde 1903 a Harley-Davidson fabrica motos que são objeto do desejo de milhões de motociclistas de todo o mundo. Mesmo quem não gosta ou não se adapta ao estilo das motos fabricadas por ela admira a história de sucesso da empresa, que vai completar este ano 108 anos.

Entretanto, a experiência dos proprietários das motocicletas da marca no Brasil não pode ser colocada no mesmo nível dos congêneres de outros países. Há muitos anos um único grupo representava a Harley-Davidson no país, divulgando, vendendo, prestando assistência técnica e manutenção nas motos. E em decorrência de inúmeros problemas que enfrentaram em sua relação com o concessionário, que começavam com a demora na liberação das motos depois de comprada e se prolongavam com a falta de peças, falta de estrutura das lojas e oficinas e a qualificação dos empregados, a insatisfação era geral. A falta de opções para sanar os problemas deixava todos sem esperança e inibia outras pessoas de se tornarem também proprietárias de uma Harley-Davidson.

No ano de 2010 uma luz no fim do túnel se acendeu quando foi divulgado que a Harley-Davidson Americana havia ingressado na justiça para encerrar antecipadamente o contrato de exclusividade desse grupo. A justificativa eram os problemas relatados pelos clientes e que chegavam com freqüência à matriz americana. No fim do ano a notícia era de que as partes haviam chegado a um acordo, mas por força do mesmo as informações sobre o seu teor ainda estavam sendo mantidas em sigilo, o que aumentou a expectativa sobre o futuro da marca no país.

Agora começamos a receber informações que dão esperança a todos os proprietários de Harley-Davidson do Brasil. A partir de amanhã, 08 de fevereiro, novos concessionários começam a atender os clientes em substituição ao antigo grupo. Dentre eles, o Grupo Catalão, que passa a representar a marca em Minas Gerais.

Tivemos a pouco a oportunidade de ter uma longa conversa com Leonardo Botelho Viotti, Diretor do grupo Catalão. Ele está muito entusiasmado com o desafio e promete fazer da loja de Belo Horizonte uma das melhores da marca no mundo, competindo inclusive com as grandes lojas americanas não só em estrutura, mas também em quantidade e variedade de motos, peças, acessórios e assistência técnica.

A loja:
Segundo Leonardo, a loja ocupará um prédio de três andares na Av. Raja Gabáglia, na Entrada do Bairro Buritis. A previsão é de que esteja pronta até o dia 30 de março, quando o Presidente Mundial da Harley-Davidson estará na cidade para inaugurá-la. O térreo será destinado à recepção e ao estacionamento de motos dos clientes, o segundo andar será uma loja para venda de peças, acessórios e boutique e o terceiro abrigará uma oficina que terá equipamentos de última geração. Leonardo disse que já adquiriu inclusive um dinamômetro para a oficina. Outra novidade está em um serviço de busca e devolução das motocicletas para revisão na casa dos clientes.

Período de transição:
A Catalão assumirá a manutenção das motos a partir de hoje e atenderá de forma provisória na sede da empresa na Rua Professor José Vieira de Mendonça 777 na Pampulha. Interessante observar que a oficina provisória já terá quatro vezes mais elevadores que a oficina do antigo representante, e quando a nova loja estiver pronta, será muito mais equipada. Os tradicionais lanches dos sábados também serão servidos lá.

O grupo assumirá a manutenção das motocicletas também no Rio de Janeiro, até que a H-D americana decida sobre quem será seu distribuidor na cidade.

Planos para o futuro:
Leonardo disse que está planejando criar numa área que tem em frente ao Posto Chefão, na saída para o Rio de Janeiro, o “Espaço Harley-Davidson”, para realização de reuniões, eventos, exposição de motos, etc, voltados para os proprietários de motocicletas da marca.

A Harley-Davidson no Brasil
A H-D americana assumirá definitivamente toda a operação brasileira, implantando diversas ações para apagar da memória os problemas passados, se aproximar dos clientes e atrair novos, fazendo com que faça valer também para os brasileiros a máxima de que "Harley-Davidson não é uma moto – é um estilo de vida". Uma das prioridades é a solução dos problemas relacionados à distribuição de peças. Aproveitando um porto seco na Cidade de Uberlândia, a H-D implantará lá um centro de distribuição de peças, acessórios e motos.

Minhas impressões
Normalmente sou otimista com o futuro, entendendo que se não tivermos pensamento positivo, mais difícil o que queremos acontecerá. Neste caso, depois da ótima impressão que tive da conversa com o Leonardo, meu sentimento é de que os tempos realmente mudarão para os proprietários de Harley-Davidson do Brasil com o exemplo do que acontecerá em Belo Horizonte. Sem precisar de muito pensamento positivo para isto.

Rômulo Provetti

Um comentário:

  1. Desculpem, mas tudo nao passa de um grande blefe...

    Na pratica nao mudou nada.Ou melhor, na verdade conseguiram piorar o serviço e a atenção aos clientes... Sou cliente Harley, comprei a moto em Set 2010 do grupo anterior (IZZO) e tive realmente uma certa dor de cabeça, mas nada se compara com 85 dias de espera por uma pequena peça(mangueirinha de fluido de freio)motivo pelo qual minha moto continua parada na concessionaria do grupo Catalão em BH. Levei a moto dia 18 de abril e ate agora nada... sem retornos, ligo e nunca estao disponiveis, deixo mensagens e nao retornam... enfim, nunca, jamais, comprarei sequer um adesivo deste grupo, muito menos uma motocicleta cara. Alias, outro ponto, paguei R$ 65,900,00 por minha moto em Setembro de 2010 e em apenas dez meses depois (sendo que nos ultimos 03 a moto esta parada na oficina)o preço de uma zero km despencou para R$ 47.500,00 ... outro incrivel desrespeito de uma marca que caiu e muito no meu conceito. Marca so e marca com clientes, que sao seu maior ativo, e nao seus produtos, pois produtos sem clientes sao apenas mercadorias encalhadas, portanto tratem de tratar bem seus clientes, ah se eu soubesse, jamais compraria uma Harley aqui no Brasil...

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