domingo, 2 de janeiro de 2011

Dicas cuidando dos freios

Quando viajamos, até mesmo em bates-e-voltas rápidos, costumamos nos preocupar com diversas coisas. Roupas, capacete, acessórios, gasolina, óleo, filtro, celular, pressão dos pneus, onde levar o que vamos levar (carteira, documentos, máquina fotográfica, etc.) e outras coisas, gerais e específicas.

Mas, muitas vezes esquecemo-nos dos freios.

Andamos de H-D, e elas são pesadas. Aceleram bem, por conta do motor “torcudo”, mas têm certa dificuldade em parar, por conta da grande massa do veículo.

Falando um pouco em física, ao frearmos transformamos o movimento da moto em calor, através do sistema de freios e do atrito dos pneus com o piso (mais sobre isto em algum artigo futuro). Ao frearmos, o circuito hidráulico de freio aperta as pastilhas contra o disco de freio. O atrito entre as duas superfícies gera calor, que nada mais é que o movimento da moto (energia cinética) sendo transformado em energia térmica.

É um sistema bem eficiente, dependendo da qualidade do material usado. As pastilhas originais H-D são metálicas e freiam bem. Entretanto, foram projetadas para um uso menos intensivo do que aquele encontrado no Brasil. Vimos isto durante nossa viagem aos States. O trânsito lá é mais tranqüilo, assim como as estradas que, mesmo no caso das secundárias, são mais amplas e seguras. E isto exige menos do sistema de freios.

Aqui, o trânsito é caótico, pra dizer o mínimo. A exceção aqui é algum outro veículo nos respeitar… e precisamos ter, acredito, o melhor sistema possível disponível para enfrentar emergências e imprevistos.

Usamos – eu e a Jackie –
pastilhas sinterizadas
, em vez das metálicas simples. Custam um pouco mais, mas freiam muito mais e têm uma durabilidade maior. São feitas para frear com a maior eficiência possível e não agridem os discos de freio. A melhora é sensível. As traseiras são um pouco mais macias e permitem um controle melhor da roda traseira, principalmente em manobras de baixa velocidade.

Em viagens aqui no Brasil, esta vantagem das sinterizadas é nítida. O controle das frenagens é mais linear, também. Você não precisa “alicatar” o freio para sentir que a moto está parando, as pastilhas sinterizadas transmitem mais confiança e você se preocupa menos com a hora da troca.

Verifique sempre suas pastilhas e o fluido de freio. Não misture tipos diferentes de fluidos ou pastilhas diferentes na mesma roda (por exemplo, a Sportster “R” possui dois discos dianteiros – jamais misture marcas ou tipos diferentes nos discos). Verifique no manual de sua moto o fluido de freio indicado e use-o.


Carlos Hochberg
http://subanagarupa.wordpress.com/

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