domingo, 22 de maio de 2011

A poderosa Heritage 1600cc

A poderosa Heritage 1600cc: A poderosa heritage 1600
Moto revisada na nova concessionária Harley-Davidoson Autostar, em São Paulo, parti para um passeio light até a cidade de Campos do Jordão, distante cerca de 200 km da capital paulista.

Como não poderia deixar de ser, Damas Aladas aproveitou o passeio para uma singela, mas não técnica, avaliação da motocicleta, sob a ótica da mulher motociclista.
Maneabilidade
A moto é extremamente pesada, mas um doce para ser pilotada, inclusive em velocidade próxima do zero, sendo bastante maleável, mesmo em trânsito intenso, guardada as proporções de distâncias e velocidade das motos urbanas.

Nas curvas contínuas da serra da Mantiqueira, em direção a Campos do Jordão, a moto se saiu muito bem, deslizando suavemente para ambos os lados, aumentando o prazer de pilotar esse mito sobre duas rodas.
Consumo
Rodando a menos de 90km/h na subida da serra e a pouco mais de 100km/h nas rodovias, a moto consumiu, depois de exatos 240km, 12,6 litros de combustível, o que deu uma boa média de 19,04 km/l. Já nos percursos urbanos de Campos o consumo caiu para cerca de 12,22km/l e no caminho de volta, acelerando um pouco mais, o consumo chegou a 17,47km/l, números excelentes para uma motocicleta desse porte
Desempenho
O motor gigante de 1600 cc, quase o dobro dos carros populares, dão à essa motocicleta muita força e segurança em qualquer circunstância de pilotagem, fazendo com que a mulher motociclista possa ter uma viagem tranquila e segura, inclusive nas ultrapassagens e em trânsito mais intenso.
Posição de pilotagem.
O conforto dos bancos macios e plataforma sob os pés confere a essa Heritage o status de verdadeiro patrimônio de suas rodas. Na moto utilizada o guidão infelizmente não contribuiu para uma viagem mais confortável, pois achei-o muito curto, fazendo com que precisasse dobrar bastante o corpo para alcança-lo, o que gerou um certo desconforto em trechos mais longos.
Tal desconforto certamente será mais evidenciado em pessoas de menos estatura, vez que eu tenho 1,77 de altura, com braços e pernas longas. Entretanto não é algo grave, pois o guidão pode facilmente ser substituído por outro dentro da anatomia de sua condutora, aliás, nesse quesito a Harley está sempre de parabéns, pois peças e acessórios é o que não faltam para a melhor adequação entre piloto e máquina.
Vibração
A Harley vibra. Isso não é lenda, é realidade. Vibra tanto que chega a formigar as mãos durante alguns trajetos. Isso não tem solução, é característica da moto, segundo seus proprietários.
Calor
Felizmente o caminho escolhido para essa avaliação foi Campos do Jordão, uma das cidades de clima mais frio no Brasil. Lá a Harley está em casa. O absurdo calor que vem de baixo e dos lados foi sempre benvindo naquelas plagas. Já no trânsito local e nos climas mais quentes, é de fritar as partes baixas do corpo.



A falta de radiador, o excesso de cromados e partes expostas dos canos de escapamento, bem como o próprio motor bastante largo e potente, contribuem para produzir todo um aquecimento que queima só pela proximidade das pernas, além de fazer todo esse calor “subir” pelo corpo todo, inclusive capacete, gerando muito desconforto e mal estar.
Status
Não há como negar. Podem existir motos extremamente mais modernas, ágeis e tecnicamente mais perfeitas que as Harleys, mas estas são unanimidades. Não há que não as admirem e não as sigam com os olhos. Com uma mulher pilotando, então, a coisa fica até mais exagerada.
De botas longas e casaco de peles, não houve quem não me olhasse na badalada Capivari nas noites frias e nebulosas de Campos do Jordão. Sei que os olhares viam primeiro a moto, para depois se surpreenderem vendo que era uma mulher que a pilotava.


Entre os Harlystas ainda existe algum preconceito com uma mulher pilotando, principalmente uma Heritage, que é considerada uma moto pesada e para homem. Segundo muitos, uma mulher “fica melhor” numa Dyna ou numa 883. Será que é para manterem a exclusividade das motos melhores e nos deixarem com os “brinquedinhos”?
ManutençãoA heritage utilizada, que mal tinha saído da revisão, começou a apresentar uma vibração extra que mais parecia uma roda desbalanceada, sem muita importância na pilotagem geral. Afinal, o que é uma roda um pouco desalinhada numa moto que vibra como a Harley?
No entanto, já chegando de volta a São Paulo o barulho se fez forte e o diagnóstico veio certo: Rolamento da roda traseira quebrado.
O difícil foi entender como se pode quebrar um rolamento dentro do cubo da roda traseira, numa moto de menos de 14.000km, que rodou suavemente por estradas boas e sem excessos. Seja como for a moto ainda estava na garantia e o serviço foi realizado com sucesso. O que há de se ressaltar é que outros proprietários de Harley alegaram o mesmo problema em suas máquinas e do alto custo da manutenção, já que uma revisão simples na Heritage custa próximo de R$ 900,00.
Conclusão
Foi maravilhosa a viagem a bordo desse mito motociclístico, dessa unanimidade mundial, mas ainda estou longe de poder ter a minha própria. Quem sabe um dia…
de Bruna Scavacini

Um comentário:

  1. Show de matéria heinn !!!!!!!!até achei que era voce escrevendo !

    Fernandao

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